Insuficiência renal é o termo utilizado para definir o mau funcionamento dos rins. Os rins filtram o sangue e eliminam na urina o que não é importante para o organismo. São eliminadas substâncias indesejáveis como a ureia e creatinina, e reabsorvidas substâncias necessárias como a glicose e as proteínas. Os rins são importantes também na produção de sangue e controle da pressão arterial. Inúmeras doenças podem levar à insuficiência renal de maneira aguda ou crônica.
Insuficiência Renal Aguda
A insuficiência renal aguda pode ser dividida em:
- pré-renal, quando há quadros de grandes hemorragias, desidratação severa e doenças como a insuficiência cardíaca;
- renal, nas infecções urinárias graves, patologias inflamatórias (nefrites) e toxicidade por medicamentos;
- pós-renal, decorrente de patologias obstrutivas como a litíase urinária.
Os sintomas são variáveis para cada patologia, sendo o fator comum a redução do volume urinário em poucas horas ou dias. O tratamento deve ser feito rapidamente pelo urologista e nefrologista, atacando a doença de base com o intuito de recuperar o mais brevemente a função renal.
Insuficiência Renal Crônica
As principais doenças que lesam os rins de forma crônica (ao longo dos anos) são a hipertensão arterial, o diabetes, as glomerulopatias e as doenças císticas renais. A doença progride de forma insidiosa e o paciente pode não apresentar qualquer sintoma. História familiar de doença renal, alterações da urina, como piúria e hematúria, e elevação da pressão arterial são fatores importantes e o paciente deve procurar o médico para a realização de exames de urina e sangue (creatinina, glicose).
O tratamento da patologia de base pode impedir o desenvolvimento da doença crônica. O tratamento da insuficiência renal crônica é realizado com sessões de hemodiálise ou através da realização da cirurgia do transplante renal, com doador vivo ou cadáver. Em 2004 estimava-se que aproximadamente 65 a 70.000 pacientes eram portadores de doença renal terminal no Brasil. O ingresso médio esperado de novos pacientes é de 100 a 110 por milhão (20.000 pacientes) por ano. A taxa ideal de transplante renal é de 60 por milhão (dados da ABTO) e o Brasil está muito longe disso, fazendo menos que 15 por milhão.